quarta-feira, maio 8

Pôr-do-sol

Escrito por M. às 15:38

Semana passada, eu vi um pôr-do-sol tocante, enquanto eu fazia meu percurso de volta à minha casa. Como não possuo carro, ando de ônibus e até o meu lar, o percurso é estressante e turbulento, tanto que torna-se quase impossível alguém conseguir manter sua sensibilidade para enxergar algo bom em algo simples. 

Porém, foi nesse percurso da volta, que, ao subir em um viaduto, eu vi o Sol. Magnífico, magnânimo, magistral. Lindo. Imponente. Ele se despia do céu numa classe triunfal; era o rei. Seus raios se expandiam por todo aquele vasto azul que alaranjava calmamente. Todo o burburinho de vozes e poluição sonora desapareceu quando o sol mostrou sua força e sua magistralidade. Era impossível não querer degustar de mais de um momento tão gostoso e pouco tão percebido. Eu me sentia como se os raios dele penetrassem na minha pele e a tornasse flácida e convidativa a adormecer. Foi épico.

Vocês talvez não me entendam, porque falar de emoções é tão subjetivo que pertence a cada um, mas quem já viveu o por do sol, sabe que é possível sentir o Sol. Talvez porque, naquele momento, eu estivesse de coração aberto a receber essa sensação. Talvez porque o próprio Sol, como uma estrela tão desapercebida pelas pessoas, estava no seu grand finale do dia, após horas de iluminação ininterrupta. Foi o melhor momento solar da minha vida. 

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