Adoro escrever. Não sei se escrevo bem ou mal, mas escrevo. Escrevo por que há a necessidade dentro de mim de denunciar as minhas incertezas, explicitar os meus desejos, caracterizar meus medos, definir meus anseios, contabilizar minhas lágrimas, reparar meus defeitos, consertar os meus erros, revolver meu coração, aquecer minha alma...
Não há coisa mais magnífica do que se ter um conjunto de letras, que aparentemente nada dizem quando estão só, mas que quando se unem, formam blocos de códigos, que para uns são indecifráveis, mas que para quem os conhecem bem, são nada mais nada menos que o mundo em palavras.
Escrevo por paixão, por veneração à linguagem - código pelo qual nos comunicamos. A Língua Portuguesa é fascinante, misteriosa; ela tem significados ainda não descobertos, não inventados. Há quem a ache chata e insuportável, por tamanha quantidade de regras, de detalhes, de classificações. Mas há quem a ache maravilhosa, como eu. Ela é um universo de construções infindáveis para mim.
Ao fim deste ano, 2012, concluirei meu Ensino Médio. Darei adeus permanente aos anos de mansidão e leveza da vida. Entrarei num vasto mundo de degraus para alcançar. E que tal alcançar esses degraus fazendo o que mais gosto de fazer? Escrever. Sim, pretendo ser escritora. Escritor todo mundo é, entretanto. Todos escrevemos nossas histórias no livro da vida. Mas eu quero ser escritora para encantar as pessoas. Para relatá-las o mundo, o próprio mundo no qual vivem, mas desconhecem.
E no fim da minha vida, serei a pessoa mais feliz desse mundo. Não por que tive as melhores coisas, ou por que fui a melhor pessoa. Serei a pessoa mais feliz desse mundo por que eu me fiz história. Mesmo que ninguém me leia, mesmo que eu seja lida por uma ou duas pessoas. Eu morrerei feliz, por que farei de mim mesma a palavra a qual me comprometi escrever.